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Xbox agora é dona do Doom
Juliano Reis
13/03/2021
Em 21 de Setembro do ano passado,
Em Setembro do ano passado, a Microsoft anunciou que havia adquirido a Bethesda por $7.5 bilhões de dólares, porém a compra ainda precisava da aprovação de certas entidades, como a Comissão Européia, para ser efetivada. Esta aprovação foi anunciada há alguns dias, oficializando a aquisição. Mas o que isso significa pra nós?
A verdade é que… Não muito. Por agora, o chefe da divisão do Xbox, Phil Spencer, confirmou que vão seguir suportando os jogos já lançados para o PlayStation 4, como The Elder Scrolls Online, Doom Eternal e Fallout 76; além disso, ele garantiu que honrará os contratos de exclusividade de jogos que haviam sido anunciados para o PlayStation 5, como Deathloop e GhostWire: Tokyo. Entretanto, o chefão afirma que futuros jogos da companhia devem permanecer exclusivos às plataformas da Microsoft, ou nas palavras dele, “plataformas que suportem o Game Pass”.
Isso sugere que, num futuro próximo, Doom será exclusivo de Xbox e do PC, a menos que a Sony decida liberar jogos do Game Pass no PlayStation, por exemplo. Se por um lado isso são péssimas notícias para os jogadores de PlayStation, por outro há indícios de que o investimento na série daqui pra frente ocorrerá como nunca antes. O próprio Phil Spencer já falou em usar a tecnologia do Doom em outros jogos da plataforma, como Gears of War e Halo. Aliás, acredito que o Halo mesmo faria um bom uso da idTech em títulos futuros, dado o atual estado da série.
Aliás, vale aproveitarmos esse momento para lembrar da grande ironia que é essa história toda. Lá em 1995, o próprio Bill Gates cogitou comprar a idSoftware, ao ver que o Doom estava presente em mais máquinas que o seu tão propagandeado Windows 95 – e sem a idSoftware gastar um tostão sequer em marketing. Sem poder comprar a empresa, a Microsoft então contatou a idSoftware para portar o Doom para o Windows. Para o jogo funcionar dentro do sistema operacional, foi necessária a criação de uma API que permitisse que um software ganhasse acesso direto e irrestrito ao hardware (como no DOS). Essa API foi o DirectX, que acabou colocando o Windows no mapa dos gamers e, anos depois, viria a originar o próprio console Xbox. Se alguém me avisasse naquela época que a Microsoft no futuro seria dona do Marathon e do Doom, eu realmente não acreditaria.
Enfim, hoje entraram no Game Pass quase todos os jogos da série, além de games de outras séries que você já deveria ter jogado como Wolfenstein, The Evil Within e Dishonored. Segue a lista completa, de acordo com a IGN:
- Dishonored Ultimate Edition
- Dishonored 2
- The Ultimate Doom
- Doom 2
- Doom 64
- Doom 3 BFG Edition
- Doom Eternal
- Fallout New Vegas (apenas no console Xbox)
- Fallout 4
- Fallout 76
- Prey (aquele que é tipo um Bioshock piorado, não o título excelente de 2006)
- Rage 2
- The Elder Scrolls 3: Morrowind
- The Elder Scrolls 4: Oblivion
- The Elder Scrolls 5: Skyrim
- The Elder Scrolls Online
- The Evil Within
- Wolfenstein: The New Order
- Wolfenstein: The Old Blood
- Wolfenstein: Youngblood
Há algumas omissões estranhas nessa lista, como o excelente Doom 2016 e o não tão excelente Wolfenstein II: The New Colossus. O convite do primeiro Rage também parece ter se perdido no correio. Outra nota interessante é que, nos consoles, as versões de Doom, Doom II e Doom 3 BFG que foram disponibilizadas são as desta geração, mesmo com estes jogos tendo sido lançados para o Xbox 360. De resto, se você já assina o serviço e ainda está vivendo com a vergonha de não ter jogado The Evil Within, essa é a sua chance. Também vale conferir essa última versão de Doom aí que roda na Unity e já vem com os Master Levels, Final Doom, No Rest for the Living, Sigil, e alguns mods selecionados como Doom Zero.